Operação Ifood Marido em ação
Era 2h43 da manhã. Tudo estava em silêncio… até que ouço um sussurro:
— Amor… tô com vontade de comer coxinha de frango com catupiry e calda de chocolate por cima.
Achei que estava sonhando. Abri os olhos devagar e lá estava ela, Amanda, com aquela expressão que mistura ternura, fome e uma pitada de desespero hormonal.
— Isso existe? — perguntei, ainda tentando entender se era um desejo ou uma profecia apocalíptica.
— Não sei… mas eu preciso disso. Agora.
Levantei como um agente secreto. Rastejei até o celular e abri o iFood, minha última esperança de manter a paz mundial (ou pelo menos conjugal). Busquei por “coxinha com chocolate”. Nada. Tentei “coxinha doce”, “frango com cobertura”… até “loucura gourmet”. Tudo em vão.
Foi aí que me veio a inspiração divina: criar o desejo!
Encomendei uma coxinha com catupiry de uma lanchonete 24h. Depois, pedi uma calda de chocolate de uma sorveteria. O entregador chegou confuso, olhando as embalagens e perguntando:
— Isso é pra uma festa?
— Não, é pra uma grávida. — Ele entendeu na hora e desejou “força”.
Misturei tudo com o carinho de um chef e entreguei à Amanda. Ela comeu com os olhos brilhando, fez uma pausa dramática e disse:
— Perfeito. Agora posso dormir.
Cinco minutos depois, ela já estava roncando. Eu? Fiquei ali, encarando o teto, rindo da vida… e agradecendo ao iFood, verdadeiro herói da madrugada.