Fala galera, tema polêmico mas necessário, hoje a obesidade é vista como doença e preocupa pela evolução de pessoas que se enquadram nesta definição, segundo levantamentos do Ministério da saúde, um em cada quatro brasileiros são obesos e por este ambiente comunitário se tratar exatamente de um aplicativo que fornece alimentação, debater sobre alimentação saudável e limites de ingestão, bem como acompanhamento por nutricionistas e também por psicólogos é cabal para que quem se encontre nesta condição, consiga dar a volta por cima e se permitir ser ajudado e assim levar uma vida mais saudável.
Antes de entrar mais profundamente no tema da obesidade, precisamos fazer uma breve abordagem sobre vícios, que são em sua maioria uma fuga da realidade, podendo ser uma fuga pela alimentação, drogas e outras condições que são compensadas pelo uso indiscriminado de algo que compensa nosso cérebro, no caso atendendo a necessidade criada pelo hipotálomo, que é o nosso sensor de satisfação e é o hipotátolo que quando nos encontramos em condições desfavoráveis, dispara a necessidade de compensação, um cigarro para compensar o nervosismo, uma pizza para compensar uma frustração ou um chocolate para compensar o mal estar causado pela TPM, por exemplo.
Um pequeno círculo, localizado bem no centro do nosso cérebro, é responsável pelas mais diferentes funções do comportamento humano. Do tamanho de uma amêndoa, o hipotálamo é um regulador das sensações de fome, dos padrões de sono e interações sociais. Por isso, substituir aqui nosso caso uma frustração por comida pode ser a chave para que nosso corpo entenda que estamos não com fome, mas com necessidade vital para seu funcionamento, o que é parecido mas não igual.
O que é a obesidade?
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o excesso de peso e obesidade são definidos como uma acumulação anormal ou excessiva de gordura, que apresenta riscos para a saúde.
A obesidade é considerada uma doença crónica, complexa e multifatorial, com um elevado impacto na qualidade de vida dos indivíduos, sendo um distúrbio nutricional muito prevalente na sociedade atual.
Atualmente, a prevalência da obesidade tem vindo a aumentar, sendo considerada um problema de saúde pública.
Como se desenvolve a obesidade?
A obesidade pode ser considerada, na maioria dos casos, como uma doença multifatorial, que resulta de um balanço energético positivo, ou seja, pelo consumo de calorias superior aquele que é gasto pelo corpo, sendo o excesso de calorias armazenado pelo corpo sobre a forma de gordura, podendo afetar a saúde da pessoa.
Existem vários fatores que podem promover o desenvolvimento da obesidade, sendo que entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de obesidade encontra-se uma alimentação inadequada e o sedentarismo.
Entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da obesidade podemos destacar, por exemplo:
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Alimentação incorreta, com um elevado consumo de alimentos calóricos ou um consumo de quantidades de alimentos muito grandes;
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Sedentarismo;
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Patologias (doenças) – como por exemplo Síndrome de Cushing e hipotiroidismo grave;
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Medicação;
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Genética;
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Psicológicos – pode existir associada a casos de distúrbios alimentares, como na ingestão compulsiva.
Como posso saber se posso estar em risco de ter obesidade?
Para avaliar o peso de uma pessoa e perceber se está com obesidade ou excesso de peso, é utilizado um indicador, o IMC (Índice de Massa Corporal).
O IMC pode ser calculado através da seguinte fórmula: Peso (kg) / Altura (m)2, ou seja, dividir o peso pela altura ao quadrado.
Este indicador permite avaliar o peso em função da altura da pessoa, sendo que em função do valor obtido podemos classificar o peso em:
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Baixo peso IMC < 18,5
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Peso normal IMC 18,5 - 24,9
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Excesso de peso IMC 25 - 29,9
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Obesidade IMC >30
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Obesidade grau I (Moderada) IMC 30-34,9
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Obesidade grau II (Severa) IMC 35-39,9
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Obesidade grau III (Mórbida) IMC >40
Apesar de o IMC ser uma ferramenta bastante prática e muito utilizada, só por si não permite fazer um diagnóstico de obesidade, isto porque apenas avalia o peso corporal da pessoa e não a sua composição corporal, ou seja, a forma como esse peso está distribuído. Este não avalia o peso em massa gorda (gordura corporal) ou em massa muscular, sendo que, por exemplo, uma pessoa com muita massa muscular pode ter um IMC indicador de excesso de peso sem ter excesso de massa gorda.
Dadas as limitações desta ferramenta, a avaliação do IMC deve ser complementada com outros métodos, como a bioimpedância e a medição do perímetro abdominal.
Bioimpedância
Este método não invasivo permite realizar a avaliação da composição corporal, analisando a percentagem de massa gorda, massa magra e água, através da passagem de uma corrente elétrica de baixa intensidade.
A Bioimpedância pode ser utilizada de forma complementar com o IMC, permitindo perceber se um IMC mais elevado se deve a uma massa gorda excessiva ou a um elevado valor de massa muscular (como acontece, por exemplo, nos culturistas).
Perímetro abdominal
A medição do perímetro abdominal com uma fita de perímetros, permite avaliar a existência de gordura visceral (gordura interna, na zona abdominal).
Este é um indicador de saúde, que permite avaliar o risco para o aparecimento de doenças que estão associadas ao aumento do perímetro abdominal, como a hipertensão, a diabetes tipo 2 e a hipercolesterolemia.
Os valores de referência para o perímetro abdominal são:
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Mulheres: o perímetro abdominal deve ser inferior a 88 cm;
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Homens: o perímetro abdominal deve ser inferior a 102cm.
Por isso, caso você se encontre dentro da definição de obesidade, procure um profissional de saúde, endocrinonogista, nutricionista e psicólogos para ser acompanhado de forma correta.