Dia 1º de maio é o marco do trágico fim de semana do Grande Prêmio de San Marino de 1994, que pôs fim à trajetória de um dos maiores ídolos do esporte brasileiro, mas também representou um marco na evolução da segurança na Fórmula 1.
Somente quem viveu a era Senna pode dizer o que era acordar cedo aos domingos, não para assistir a Fórmula Um, mas sim assistir Senna pilotando e vencendo como uma grande vencedor, com ultrapassagens arrojadas e correndo sempre no limite da máquina.
Senna foi um ídolo da minha geração, era um cara da nossa idade, quebrando recordes e colecionando vitórias, foi por três vezes campeão do mundo e teria sido outras vezes se não fosse aquele fatídico dia em Ímola.
Nas ruas o sentimento era de perda de alguém muito próximo, não se falava outra coisa, o povo estava visivelmente triste e sem acreditar que o ídolo havia partido em transmissão ao vivo pela T.V.
Cerca de 250 mil pessoas foram ao velório em São Paulo, para Ivan Martinho, professor de pós-graduação em marketing esportivo na ESPM, consolidava-se ali a mitificação da figura de Ayrton.
Eu trabalhava na Alexandre Dumas, na Chácara Santo Antônio e ao longe se via os helicópteros sobrevoando o Cemitério do Morumbi, fomos todos ao heliponto do prédio de onde podíamos ver a movimentação no cemitério, ainda incrédulos do que estávamos assistindo.
Hoje completa-se 31 anos da morte de Senna e desde então eu nunca mais assisti uma corrida, como também não quis assistir o especial na Netflix, Senna foi único, deixou a minha geração órfã, mas orgulhosa de ser brasileiro e com muitas memórias para contar aos filhos e netos.