Fala comunidade, já mencionei outras vezes que vim para Bragança Paulista de São Paulo, chegando aqui minha esposa abriu uma loja de brinquedos e nos primeiros dias entravam perguntando se vendia Fubeca. Como ela não conhecia o que era Fubeca, perguntou e a criança disse:
Bolinha de vidro, tia.
Ahhhhh bolinha de gude?
Não, Fubeca.
Bom, como curioso que sou fui atrás da informação, afinal como bolinha de gude virou Fubeca aqui? Vamos à História. No início do século passado o futebol ainda tinha muitas expressões em inglês (ainda tem), afinal foi de lá que ele veio e quem jogava na defesa eram então os Full Backs (hoje, beque), grandalhões que impediam os atacantes de fazer gols, precisava ser grandão, para impedir na força que os atacantes fizessem gols e quando os Full Backs se chocavam quase arrancando a cabeça do adversário, a galera dizia que o jogador havia tomado uma “Fullbecada”, daí a expressão foi para o jogo infantil e a cada vez que um garoto cacetava a bolinha do amiguinho e quase quebrava a bolinha do coleguinha, gritava:
Toma essa fubecada.
Pronto, a tal bolinha de gude havia sido rebatizada como Fubeca.
Tem uma outra expressão aqui, não muito nobre, reconheço, que é uma expressão de espanto, que ainda não descobri a origem, mas sabe aquela situação que você conta algo meio inacreditável ou constrangedor? Tipo uma expressão que alguém responde, tá louco? Pirou? Não acredito! Eles aqui dizem: Peidô?
E você aí na sua cidade, qual expressão local que vocês usam?
Eu nasci em Araçatuba interior de São Paulo e aqui em Curitiba eu acho estranho a palavra vina que é a mesma coisa que salsicha kkkk, moro aqui já tem uns bons anos e até hoje não me conformo haha eu continuo falando salsicha
Volto já já para dar um estagiário me pôs de castigo…
Estranho mesmo mesmo né? Tinha uma amiga do Sul que chamava torneira de bica e o boy de Piá, eu achava muito engraçado.
Curioso, quando eu era criança em São Paulo, filão era o pão comum (foto), quase ninguém comprava pãozinho francês, que era vendido por unidade e não por quilo, como é hoje.
Nem me diga @Damares, minha filha está estudando em Lavras-MG e às vezes não entendo o que ela fala. E o mais interessante é que lá tiram onda com as expressões paulistas que ela usa, agora ela é sacaneada nos dois lugares.
Aqui em Minas a gente simplifica tudo na vida; o ‘trem’ substitui muitas palavras: " trem bão dimais , vô lá naquele trem…
Tinha um ferro de passar roupas antigo que minha vó usava brasa do fogão a lenha nele, ela chamava de machambambo, não sei porque esse nome, mas mineiro raiz criou seu próprio dicionário kkkkk
Pois é menina, comem a última sílaba, ajustam a fonetica juntando as palavras de um jeito que precisa de curso pra entender.
Ôncôtô? – Onde eu estou?
Oncovô? – Pra onde eu vou?
Cê sa se esse ôns pas na savas? – Você sabe se esse ônibus passa na Savassi?
Aqui em SP é só decepção no vocabulário viu, só gírias de baixo calão e palavrões dos mais feios, não compensa nem mencionar nada do tipo aqui, primeiro porque irão violar as regras da nossa comunidade e segundo que esse tipo de dialeto não faz parte do meu vocabulário muito menos do meu dia a dia! Sigo formal mesmo!