O bobó de camarão é um prato que carrega a alma da culinária afro-brasileira, com raízes profundas na Bahia, onde se tornou um ícone gastronômico. Sua origem remonta ao século XVII, quando influências africanas, indígenas e portuguesas se encontraram no Brasil colonial. Derivado do prato africano ipeté, tradicionalmente feito com inhame, azeite de dendê, cebola, camarão e gengibre, o bobó ganhou uma nova cara no Brasil. Aqui, o inhame foi substituído pela mandioca – ou aipim, como é chamada em muitas regiões –, um ingrediente central na alimentação indígena. O leite de coco, incorporado mais tarde, trouxe a cremosidade que define o prato hoje, enquanto o azeite de dendê reforça sua herança africana, dando aquele toque dourado e sabor marcante. O nome “bobó” vem do termo bovô, da língua fon, falada em regiões do atual Benim, e reflete a consistência de papa ou purê que caracteriza a receita.
Além da cozinha, o bobó tem forte ligação com a cultura e a religião. No candomblé, o ipeté é uma oferenda a Oxum, orixá das águas doces e da prosperidade, o que ajudou a popularizar o prato nos terreiros baianos do século XIX. Com o tempo, ele deixou de ser apenas uma comida ritual ou de subsistência, feita por escravizados para aplacar a fome, e se transformou em uma iguaria refinada, presente em festas, celebrações e restaurantes sofisticados.
Curiosidades
Adaptações regionais: Embora a Bahia seja o berço do bobó, o prato se espalhou pelo Brasil com variações. No Espírito Santo, por exemplo, o azeite de dendê é muitas vezes trocado por azeite de oliva, influência da culinária italiana local. No Sudeste, há quem prepare o bobó com purê de batata ou mandioquinha, e no Sul, o leite de coco pode ser omitido para atender ao paladar regional.
Versatilidade: O bobó não se limita ao camarão. Existem versões com frango, peixe ou até vegetais, mas o camarão segue reinando como o mais tradicional.
Significado cultural: Além do sabor, o bobó carrega um simbolismo de resistência cultural, unindo sabores africanos e indígenas em um prato que sobreviveu à opressão colonial e se tornou um orgulho nacional.
Segredo do sabor: Chefs baianos, como Fabrício Lemos, destacam que o uso de camarão fresco e dendê artesanal faz toda a diferença. Outra dica é não cozinhar demais o camarão, para evitar que fique borrachudo – o ponto ideal é quando ele muda de cor, em cerca de 2 a 3 minutos.
Bobó de camarão no iFood
No iFood, o bobó de camarão é uma estrela em restaurantes especializados em culinária nordestina, especialmente em cidades como Salvador, Recife, São Paulo e Rio de Janeiro. A plataforma oferece desde versões tradicionais, servidas com arroz branco e farofa, até releituras modernas, como bobó acompanhado de pirão ou apresentado em cumbucas de barro para reforçar o toque rústico. Os preços variam bastante: em Salvador, uma porção individual pode custar entre R$ 35 e R$ 60, enquanto em capitais como São Paulo, onde o custo dos ingredientes é mais alto, os valores sobem para R$ 50 a R$ 100, dependendo do restaurante e da quantidade (individual ou para compartilhar).
No iFood, o prato aparece com frequência em combos promocionais, que incluem acompanhamentos como salada, batata frita ou até uma bebida, como suco de frutas tropicais, que harmoniza bem com o sabor intenso do bobó. Restaurantes também capricham na apresentação, destacando a cremosidade e o tom alaranjado do prato nas fotos, o que atrai muitos pedidos. Uma curiosidade é que, em algumas cidades, o bobó é tão popular que aparece em versões “fit” ou com menos dendê, para atender a quem busca uma opção mais leve, embora isso gere debates entre puristas que defendem a receita original.
A praticidade do iFood também permite que o bobó chegue quentinho em casa, muitas vezes com embalagens reforçadas para preservar a textura cremosa. Em datas festivas, como o Carnaval ou o Dia da Consciência Negra, a busca pelo prato dispara, com restaurantes oferecendo promoções ou porções maiores para grupos. Assim, o bobó de camarão não é só um prato: é uma experiência cultural que, com um clique, conecta o Brasil à sua história e aos seus sabores únicos.